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Malala, ativista que desafiou o Talibã para estudar, se forma em Oxford

Pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel, Malala Yousafzai, 22 anos, conquistou um diploma pela Universidade de Oxford, no curso de Filosofia, Política e Economia. A paquistanesa é símbolo da defesa da educação para mulheres em todo o mundo.

Malala comemora a conquista ao lado da família

Em 2009, a ativista escreveu relatos em um blog sobre as dificuldades que enfrentava para estudar no Paquistão, onde o Talibã havia proibido as meninas de irem à escola. Ela defendeu fortemente o acesso das mulheres à educação e denunciou os abusos do grupo político. Na época, escolas foram bombardeadas e havia forte repressão aos valores considerados ocidentais.

No mesmo ano, Malala falou sobre o medo e a vontade de estudar em um documentário, virando um símbolo de resistência. Com a repercussão internacional das ações da jovem, ela virou alvo do Talibã.

No caminho da escola para casa em outubro de 2012, Malala Yousafzai sofreu um ataque a tiros, sendo atingida na cabeça. Recebeu tratamento médico no Reino Unido, onde mora atualmente com a família.

A jovem continuou na luta em prol da educação para mulheres. Fez um discurso na Assembleia de Jovens das Nações Unidas, em que deu algumas respostas às tentativas de intimidá-la. “Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar”, disse no discurso. Ao lado do pai, criou a Fundação Malala, organização dedicada a ações que garantam a presença de meninas em ambientes escolares.

Em reconhecimento aos esforços de Malala em prol à educação, em 2014 ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz e se tornou a pessoa mais jovem a ganhar um Nobel. A ONU declarou a data de seu aniversário, 12 de julho, como o “Dia Malala”.

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