Nessa terça-feira, dia 24 de setembro, a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) participou da celebração especial em homenagem aos 51 anos da independência da Guiné-Bissau e do centenário do líder revolucionário Amílcar Cabral, realizado no auditório Paulo Freire, no Campus da Ufma. A programação foi promovida pela Associação dos Africanos no Maranhão (AAMA) e contou com a presença de autoridades acadêmicas e membros da comunidade africana no estado.
Entre os representantes da Uema, estiveram o chefe de gabinete da Reitoria, José Sampaio de Mattos Júnior, e a chefe da Divisão de Acordos Internacionais, Ana Carolina. A presença da instituição foi elogiada pelos organizadores, que destacaram a importância do apoio da universidade na promoção do intercâmbio cultural e acadêmico.
O evento também contou com a participação de professores e membros da comunidade africana do Maranhão, incluindo Vladmir Namir, presidente da AAMA, além de estudantes angolanos da Uema, Antonio Pedro Fernandes Maria e Antônia Maria Sobrinho Neto, que contribuíram para enriquecer a discussão.
O destaque do dia foi a palestra do Prof. Dr. da Ufma, Fernando Pedro Dias, que abordou o “Processo de independência da Guiné-Bissau, o papel do partido no contexto histórico e seu projeto de criar um site dedicado à preservação do arquivo histórico da independência do país”.
Na ocasião, o docente explicou que, atualmente, os documentos estão alojados em uma plataforma internacional que cobra pela sua consulta, ressaltando a necessidade de preservar a memória da luta pela independência.
Segundo Aivandra Levy Sariot Menout, representante da Associação dos Africanos no Maranhão e responsável pela organização do encontro, a cerimônia de celebração teve como principal objetivo apresentar o processo da proclamação da independência e conhecer mais sobre a Guiné-Bissau, que possui um rico e diversificado patrimônio cultural.
Aivandra acrescenta que a Associação dos Africanos é uma entidade que busca apoiar e desenvolver ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade da vida. “Nesse evento, aproveitamos para celebrar o centenário do nosso líder Amílcar Cabral, que tinha convicção de que Guiné-Bissau alcançaria sua independência, porém, sem deixar de realçar os desafios, pois foi nessa lógica que ele definiu a luta de libertação nacional, objetivando apenas concretizar a liberdade de seu povo”, declara.
Durante a celebração, os participantes refletiram sobre a importância histórica da independência da Guiné-Bissau e as contribuições de Amílcar Cabral, enfatizando a relevância de suas ideias nas lutas de libertação colonial não apenas na África, mas também nas Américas e na Ásia.
No evento, os representantes da Uema reafirmaram o compromisso da universidade em promover a diversidade cultural e a valorização das lutas históricas de Guiné-Bissau, oferecendo espaços de diálogos e aprendizado entre diferentes culturas e tradições.
As comemorações ainda foram marcada por uma rica degustação de pratos típicos da Guiné-Bissau, como as tradicionais cafriela e siga, permitindo que os participantes vivenciassem um pouco da cultura guineense.
Por Ascom Uema, com informações de Ana Carolina (SRI Uema)
