Sapana Doshi, da Universidade do Arizona e, atualmente, pesquisadora bolsista sênior do PPGEO, e por Livia Cangiano Antipon, Mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na mesa de encerramento do Dia do Geógrafo.
A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), por meio do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço (PPGEO) e da coordenação do curso de Geografia, realizou o encontro do dia do Geógrafo, em 29 de maio, com uma programação que se iniciou às 7h e foi até às 20h.
O dia foi destinado à troca de experiências entre alunos e corpo docente do curso, por meio de rodas de conversas e oficinas, que contemplaram discussões de temas sobre a geodiversidade do território maranhense e metodologia para mapeamento de perigo de inundações.
O encontro encerrou-se com a palestra “Geografia e trajetória de vida” que foi conduzida pela professora Sapana (pronuncia-se Sápina) Doshi, da Faculdade de Geografia e Desenvolvimento e do Departamento de Gênero e Estudos da Mulher, da Universidade do Arizona e, atualmente, pesquisadora bolsista sênior do PPGEO, por meio do convênio entre a Universidade do Arizona, nos EUA, e a UEMA com o objetivo de desenvolver sua pesquisa na área de Geografia Urbana, e por Livia Cangiano Antipon, Mestre em Geografia pelo programa de Pós-Graduação em Análise Ambiental e Dinâmica Territorial no Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com o professor Cláudio Eduardo de Castro, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço, o tema da mesa de encerramento teve como objetivo estimular os alunos a desenvolverem suas futuras pesquisas em universidades estrangeiras. “Acredito que isso seja estimulante para eles poderem ver que é preciso sair para o mundo para ser um cidadão do mundo, um profissional do mundo, e não só de um lugar específico”, disse.
Para a professora Sapana, sua contribuição na palestra foi no sentido de incentivar os alunos e demais ouvintes a internacionalizar seus conhecimentos. “Eu acho que ter uma visão mundial é muito importante e a gente aprende muito sobre o nosso próprio país, da nossa própria vida quando se vê a realidade de fora. Eu acho interessante esse momento do evento para abrir o pensamento e a experiência e ampliar o conhecimento”, declarou. explicar
Além disso, ela compreende que o tema da palestra teve como finalidade apresentar teorias e pesquisas geográficas como reflexo da própria trajetória de vida dos geógrafos. “A minha fala é sobre essas questões, como surgem na minha vida pessoal, com a história da minha família, que imigraram da Índia para o os EUA, como foram minhas experiências neste país, como surgiu a minha ideia de pesquisa no Nepal, na Índia, no Brasil, e etc.”, explicou.
Livia Antipon, que já esteve na UEMA, em 2018, no dia do Geógrafo, com o tema “Território, Política e Resistência: o que a Geografia tem a dizer?” e na palestra para o curso de Geografia Política com o tema “Geografia da Fone: as faces da abundância e da escassez no período atual”, também comentou sobre o tema. “O que define a nossa trajetória científica é a nossa própria trajetória de vida, então a maneira como a gente faz a Geografia reflete como a gente faz a nossa vida. Por isso, quando foi pensado no tema para o dia, nada melhor do que falar da trajetória de vida, como essas duas coisas vão criando a possibilidade de a gente pensar cientificamente a nossa linha de pensamento”.
Por Raysa Guimarães
